sábado, 31 de março de 2007

Domingo de Ramos

Começámos a Quaresma com os olhos postos nesta grande e importantíssima Semana. Dia a dia, fomo-nos preparando para ela em espírito de conversão. Hoje, começamos a celebrá-la em comunhão com a Igreja. E começamo-la com a entrada vitoriosa e aplaudida de Jesus em Jerusalém, num ambiente festivo de Páscoa. O Domingo de Ramos que hoje celebramos é então o limiar de uma semana recheada de revelação e de testemunho. Penetremos nela com uma verdadeira atitude cristã e com o desejo firme de fortalecer a conversão pascal.
Com ramos verdes nas mãos, a liturgia de hoje nos convida a aclamar Jesus como o Messias, que veio realizar as promessas dos profetas e instaurar o Reino de Deus. Também, nesta celebração, nos é anunciada a Paixão do Senhor, que nos mostra o grande gesto de amor dado pelo nosso Rei para a salvação da humanidade. Na certeza da vitória de Cristo, iniciemos a Semana Santa, fazendo memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Cantemos confiantes:

1ª Leitura: Is 50, 4-7:
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.

2ª Leitura: Filip 2, 6-11:
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

Evangelho: Lc 22, 14-23, 56:
O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz revela-se o amor de Deus, esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

Para viver durante a semana:
«Hossana! Crucifica-O!...» Gritos de alegria! Gritos de ódio!... A mesma multidão! E o nosso grito hoje? Somos discípulos de Jesus quando tudo vai bem… e prontos a negá-l’O quando nos sentimos comprometidos com Ele? Durante a Semana Santa, tomemos o tempo de parar com Paulo a fim de revivificar a nossa fé em “Cristo Jesus imagem de Deus… abaixando-Se até à morte de Cruz… elevado acima de tudo…”. Ousemos proclamá-lo pela nossa vida “Cristo e Senhor para a glória do Pai”! Vivamos a Semana Santa na oração e na contemplação de Jesus Cristo, a essência do nosso ser e da comunhão de irmãos em Igreja!
Que o exemplo comovedor de Cristo nos ajude a examinar as linhas mestras da nossa vida e as regras do nosso comportamento.

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