terça-feira, 15 de maio de 2007

Semana de Oração pela Vida

Começou dia 13, a Semana da Vida, promovida pelo Departamento Nacional da Pastoral da Família, que este ano se dedica a reflectir sobre “A Felicidade Humana - Preocupação de Deus”. A iniciativa vai estender-se até ao próximo Domingo, 20 de Maio.
O contexto em que esta semana decorre é um momento difícil, a nível social. Valores e enquadramento jurídico, procuram formas de legislar a resposta que os portugueses deram no dia 11 de Fevereiro, quando votaram sim ao referendo ao aborto. “A organização desta semana é mais uma motivação para uma reflexão em torno destes problemas. Esta iniciativa não é um reflexo do que aconteceu no referendo”, mas mais “uma focagem de uma problemática séria na vida das famílias”, adianta Bernardo Mira Delgado, que acompanhado por Maria da Graça Delgado formam o casal responsável pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar.
“A questão da vida não se resume ao aborto”, adianta Maria da Graça Delgado. Depois de 11 de Fevereiro, “consideramos que é necessário sublinhar esta questão e também sublinhar a urgência de investir na formação e na preparação das pessoas quando queremos defender valores tão fundamentais como a vida”, acrescenta Maria da Graça Delgado
O casal responsável manifesta a intenção de fazer destes sete dias, uma semana sobre “a cultura de vida. Não pretendemos intervir a nível político, mas procuramos alertar as consciências para o valor da vida nascente”.
O trabalho da pastoral familiar “nunca está feito. Estamos profundamente convictos de que é necessário que a vida seja defendida e promovida desde o início até ao final, no seio da família”, sublinha Maria da Graça Delgado, “pois este é o espaço onde é preciso sedimentar estes valores. As dificuldades que a família atravessa neste momento que levam a uma perda do valor radicam nas dificuldades que a família atravessa”.
“A mudança cultural que a nossa sociedade manifesta não é órfã. Ela segue tendências europeias. Em Portugal manifestamos o mesmo quadro”, aponta Bernardo Delgado, que sublinha ainda a mobilização salutar que se estabeleceu em torno da campanha do Não, proporcionando uma grande reflexão e contributos para o esclarecimento. “Tudo isto terá influência num «mix cultural» que compõe a nossa sociedade”, afirma.
Para esta semana, o Departamento Nacional da Pastoral Familiar disponibiliza um conjunto de orações que “podem servir de guião para a oração familiar”. “Uma vez que nos encontramos no mês de Maria”, o departamento veiculou também “intenções para a recitação do rosário” e disponibiliza ainda uma reflexão sobre os textos que enquadram a Semana da Vida, “como reflexo desta celebração”, dá conta Bernardo Delgado.
Recorde-se que esta iniciativa foi proposta inicialmente por João Paulo II em 1991, que pretendia convidar toda a Igreja celebrar, num dia durante o ano, o dom da vida. A Conferência Episcopal, através da Comissão Episcopal do Laicado e da Família, decidiu que, em Portugal, se faria uma semana da vida. Este tem sido um acontecimento que tem marcado a vida da Igreja desde então.

sábado, 12 de maio de 2007

VI Domingo da Páscoa:

Neste sexto Domingo da Páscoa continuamos a celebrar, com espírito renovado e em profunda alegria, a Ressurreição do Senhor. A liturgia da Palavra, neste dia santificado, recorda-nos o Dom que o Senhor Jesus nos irá enviar, isto é, o Espírito Santo, depois da Sua partida para junto do Pai. Na liturgia deste domingo sobressai ainda a promessa de Jesus de acompanhar de forma permanente a caminhada da sua comunidade em marcha pela história: não estamos sozinhos; Jesus ressuscitado vai sempre ao nosso lado.

1ª Leitura: Actos 15, 1-2.22-29:
A primeira leitura apresenta-nos a Igreja de Jesus a confrontar-se com os desafios dos novos tempos. Animados pelo Espírito, os crentes aprendem a discernir o essencial do acessório e actualizam a proposta central do Evangelho, de forma que a mensagem libertadora de Jesus possa ser acolhida por todos os povos.

2ª Leitura: Ap 21, 10-14. 22-23:
Na segunda leitura, apresenta-se mais uma vez a meta final da caminhada da Igreja: a “Jerusalém messiânica”, essa cidade nova da comunhão com Deus, da vida plena, da felicidade total.

Evangelho: Jo 14, 23-29:
No Evangelho, Jesus, na última Ceia, continua a dar os derradeiros ensinamentos aos Apóstolos, diz aos discípulos como se hão-de manter em comunhão com Ele e reafirma a sua presença e a sua assistência através do “paráclito” – o Espírito Santo.

Para viver durante a semana:
Que fazemos da Palavra? Em cada domingo a Palavra é-nos oferecida. Que fazemos dela? Ela é o “fio condutor” da nossa semana? Ou esquecemo-la mal a escutamos? Nesta semana, procuremos recordar a Palavra evangélica e deixemo-nos transformar por ela. O Espírito Santo ensinar-nos-á, far-nos-á compreender, diz-nos Jesus. Basta estarmos abertos à sua acção!
Jesus deixou-nos o seu Espírito e a sua paz como prendas de despedida, dois pormenores de profundo significado para o nosso equilíbrio e dinamismo de crentes. O Espírito que anima a Igreja, não somente é consolador, senão também que nos ilumina poderosamente na hora de termos de tomar as pequenas e as grandes decisões. Portanto, com a paz e com a força do Espírito Santo no coração, regressemos à vida a transbordar de vida em Cristo.

sábado, 5 de maio de 2007

V Domingo da Páscoa:

Estamos ainda no Tempo Pascal, em que a Igreja não se cansa de anunciar ao mundo a Ressurreição de Cristo. É o acontecimento por excelência, que inaugura uma nova era na história da humanidade. Não é por acaso que a festa da Páscoa se celebra sempre na Primavera, quando a natureza irrompe com nova vida e se reveste das suas melhores galas, como que a falar-nos também de Ressurreição. Uma das melhores experiências de Deus é a do seu amor. A ternura de Deus é imensa, decisiva, íntima. Jesus, como a grande testemunha de Deus, condensa toda a sua mensagem neste único conselho: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Então, que a palavra, os símbolos e os gestos desta celebração nos ajudem a aprofundar o compromisso do amor cristão e a nossa vocação de ressuscitados.

1ª Leitura: Actos 14, 21b-27:
Na primeira leitura apresenta-se a vida dessas comunidades cristãs chamadas a viver no amor. No meio das vicissitudes e das crises, são comunidades fraternas, onde os irmãos se ajudam, se fortalecem uns aos outros nas dificuldades, se amam e dão testemunho do amor de Deus. É esse projecto que motiva Paulo e Barnabé e é essa proposta que eles levam, com a generosidade de quem ama, aos confins da Ásia Menor.

2ª Leitura: Ap 21, 1-5a:
A segunda leitura apresenta-nos a meta final para onde caminhamos: o novo céu e a nova terra, a realização da utopia, o rosto final dessa comunidade de chamados a viver no amor.

Evangelho: Jo 13, 31-33a. 34-35:
No Evangelho, Jesus despede-Se dos seus discípulos e deixa-lhes em testamento o “mandamento novo”: “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. É nessa entrega radical da vida que se cumpre a vocação cristã e que se dá testemunho no mundo do amor materno e paterno de Deus.

Para viver durante a semana:
“Como Eu vos amei”. Exigência deste “como”… porque Jesus não fingiu amar-nos! No caminho desta semana, vou encontrar homens, mulheres, jovens, crianças… Como vou amá-los como Jesus? Isto é, sem fingimentos, gratuitamente, sinceramente, dando-me a eles com o melhor de mim mesmo… A nossa vida de baptizados deve ser sinal no meio da descrença e da indiferença do mundo. Segundo o amor que teremos uns para com os outros… todos verão que somos discípulos de Cristo!