terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Tempo de Quaresma

Começámos o tempo da Quaresma, inaugurado em Quarta-feira de Cinzas com o rito penitencial da imposição das cinzas, e por isso somos convidados à reflexão. Neste primeiro domingo quaresmal, apercebemo-nos que Deus promete favorecer com longa vida e salvar quem a Ele recorrer e, pedimos assim que nos seja concedido um maior entendimento do mistério de Cristo.
Na sua dimensão penitencial, a Quaresma é, um tempo de tomada de consciência dos próprios pecados, busca de Deus e de conversão, o que implica, necessariamente, participação na luta e sacrifício de Cristo, pois a guerra contra o mal e a renovação interior no pensar, no amar e no agir, não se realizam sem esforço.
Na sua dimensão baptismal, a Quaresma leva todos os baptizados a reviverem e a aprofundarem, acompanhando em todas as etapas da fé, a fim de, consciente e generosamente, renovarem a sua aliança com Deus…
A Quaresma é então como que uma pergunta que entra no nosso coração e nos questiona precisamente sobre isto: Estou a procurar a Deus? Ou a quem é que estou a procurar? A Quaresma é então como que um caminho que todo o homem e toda a mulher tem que percorrer, e não podemos fugir dele de uma forma ou de outra… temos que sim que o percorrer. Temos que aprender a entrar no nosso coração, a purificá-lo e a questionarmo-nos sobre quem é que estamos a procurar. Por isso, o caminho da Quaresma deve ser o caminho de purificação do coração, de tirar tudo o que nos afasta de Deus, de tirar tudo aquilo que nos torna incompreensíveis, tirar todos os nossos medos e todas as cadeias que nos impedem de nos apegarmos a Deus e que nos fazem apegar-nos a nós mesmos. Será então que estamos dispostos a purificar e a questionar o nosso coração? Que o fim do nosso caminho seja então o ter fome de Deus, o procurá-lo no profundo de nós mesmos com grande simplicidade, e que ao mesmo tempo, essa busca e essa interiorização, se converta numa purificação da nossa vida, do nosso comportamento. Permitamos então assim que a Quaresma entre na nossa vida.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

I Domingo da Quaresma:


No início da Quaresma, a Palavra de Deus apela a repensar as nossas opções de vida e a tomar consciência dessas “tentações” que nos impedem de renascer para a vida nova, para a vida de Deus. Hoje a Palavra de Deus nos convida a vencer todas as dificuldades que nos afastam do caminho do bem. Unidos a toda a Igreja estamos a viver este tempo santo de conversão, preparando-nos assim para a festa da Páscoa do Senhor e da nossa Páscoa. Confiantes na misericórdia do Pai, que quer para nós, seus filhos, uma vida nova em Cristo, iniciemos a nossa celebração cantando com alegria.

1ª Leitura: Deut 26, 4-10:
A primeira leitura convida-nos a eliminar os falsos deuses em quem às vezes apostamos tudo e a fazer de Deus a nossa referência fundamental. Alerta-nos, na mesma lógica, contra a tentação do orgulho e da auto-suficiência, que nos levam a caminhos de egoísmo e de desumanidade, de desgraça e de morte.

2ª Leitura: Rom 10,8-13:
A segunda leitura convida-nos a prescindir de uma atitude arrogante e auto-suficiente em relação à salvação que Deus nos oferece: a salvação não é uma conquista nossa, mas um dom gratuito de Deus. É preciso, pois, “converter-se” a Jesus, isto é, reconhecê-l’O como o “Senhor” e acolher no coração a salvação que, em Jesus, Deus nos propõe.

Evangelho: Lc 4,1-13:
O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre as opções de Jesus. Lucas sugere que Jesus recusou radicalmente um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espectaculares que impressionam as massas, mas por uma proposta de vida plena, apresentada com simplicidade e amor. É claro que é esse caminho que é sugerido aos que seguem Jesus.

Para viver durante a semana:
Jesus não escolhe partir para o deserto. É conduzido pelo Espírito Santo. E aí, é afrontado pelo Espírito do mal. Também nós não escolhemos viver no coração deste mundo em que Deus se tornou desinteressante. Deserto para as nossas vidas de crentes… para a nossa Igreja… com todas as tentações ligadas às nossas faltas: lassidão, desencorajamento, desejo de nos retirarmos de uma Igreja que nos desconcerta e de abandonarmos Deus… Por causa de Jesus sabemos que a travessia do deserto é possível. O seu Espírito acompanha-nos e apoia as nossas escolhas de crentes. “Acredita no teu coração…”, diz-nos Paulo na Carta aos Romanos. A Quaresma, travessia do deserto… A Quaresma, convite a reavivar a nossa esperança!
Seria interessante reflectir durante a semana, em equipa fraterna, sobre as tentações que nos atingem hoje. E, depois de as detectar, encontrar juntos alguns meios para nos ajudar a ultrapassá-las…
Seguindo as orientações da Diocese concretizadas em cada Paróquia, optar por uma caminhada de solidariedade, com uma intenção concreta, neste caso na nossa diocese propõe como finalidade para a renúncia quaresmal uma Obra que quer ser de toda a Diocese, a favor da Vida e das Pessoas com mais dificuldades, no âmbito da Maternidade e das Crianças, nas primeiras etapas do seu desenvolvimento, sendo assim esta a afectação a esta Obra da Renúncia Quaresmal deste ano 2007.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

VII Domingo do Tempo Comum:


A liturgia deste VII domingo exige-nos o amor total, o amor sem limites, mesmo para com os nossos inimigos. Convida-nos a pôr de lado a lógica da violência e a substituí-la pela lógica do amor. Deus amou-nos com um amor infinito, entregando mesmo à morte o Seu Filho único, para que nos salvasse, quando éramos ainda pecadores. E, perdoando os nossos pecados, pede-nos que perdoemos também os nossos inimigos.

1ª Leitura: 1 Sam 26,2.7-9.12-13.22-23:
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo concreto de um homem de coração magnânimo (David) que, tendo a possibilidade de eliminar o seu inimigo, escolhe o perdão. David, não matando Saúl, rei de Israel e seu inimigo, mostra como nele estava presente a misericórdia de Deus.

2ª Leitura: 1 Cor 15,45-49:
A segunda leitura continua a catequese iniciada há uns domingos atrás sobre a ressurreição. Podemos ligá-la com o tema central da Palavra de Deus deste Domingo – o amor aos inimigos – dizendo que é na lógica do amor que preparamos essa vida plena que Deus nos reserva; e que o amor vivido com radicalidade e sem limitações é um anúncio desse mundo novo que nos espera para além desta terra.

Evangelho: Lc 6,27-38:
O Evangelho reforça esta proposta. Exige dos seguidores de Jesus um coração sempre disponível para perdoar, para acolher, para dar a mão, independentemente de quem esteja do outro lado. Não se trata de amar apenas os membros do próprio grupo social, da própria raça, do próprio povo, da própria classe, partido, igreja ou clube de futebol; trata-se de um amor sem discriminações, que nos leve a ver em cada homem – mesmo no inimigo – um nosso irmão.

Para viver durante a semana:
No Evangelho deste domingo, Jesus convida-nos a amar como nos ama o Pai dos céus que é bom para os ingratos e os maus. Nesta semana, qual será a minha atitude para com determinado vizinho, colega, próximo… que me magoou ou feriu profundamente? Nesta semana, saberei permanecer no amor ao outro, quando tudo me pede para lhe responder na mesma moeda? Ao longo da semana, poder-se-á retomar, de forma meditativa, o Evangelho deste domingo, pedindo a Deus mais sinceridade nas nossas atitudes e acções.


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

14 de Fevereiro: Dia do Amor e da Amizade


No dia 14 de Fevereiro celebra-se o dia do amor e da amizade, algo que é uma realidade tão harmoniosa e que ao mesmo tempo se está a denegrir cada vez mais. porque é que se chama, hoje em dia, amor a coisa tão sublimes e a coisas que não têm sentido nenhum? E eu, o que é que celebro no dia 14 de Fevereiro?

Há que resgatar o amor, esse valor maravilhoso que existe no mundo. Resgatar o verdadeiro amor em tantos namoros, resgatar o autêntico amor nos esposos. É necessário recriar um amor que dure, que resista, que não se quebre e esmoreça com o passar do tempo.

Tudo depende contudo da fonte do amor, o coração. Não há ninguém que o não tenha. Se o coração está limpo, se o coração é puro, se o coração está são, o amor que dele procede será autêntico, será autêntico amor. se o coração está "odre", não lhe pdemos pedir que faça nascer um amor autêntico, senão que irá nascer o puro egoísmo.

Perguntemo-nos então: Que classe de amor é a que há no nosso coração? Onde está o verdadeiro amor?

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

VI Domingo do Tempo Comum:

A Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo leva-nos a reflectir sobre o protagonismo que Deus e as suas propostas têm na nossa existência. Hoje, ressoa na nossa assembleia umas palavras de Jesus cheias de força, de vida e de graça. São palavras muito solenes: “Bem – aventurados vós, os pobres; Bem – aventurados vós, que agora tendes fome; Bem – aventurados vós, que agora chorais; Bem – aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem”. São palavras que nunca deveríamos esquecer, que deveriam marcar o que somos e o que fazemos. Os pobres, os que passam fome, os que choram, os perseguidos são os predilectos de Deus. São estes que deveremos ter sempre diante dos nossos olhos.
Celebremos hoje a Eucaristia, a Boa Nova que é proclamada por Jesus e renovemos a nossa fé Nele.

1ª Leitura: Jer 17,5-8:
A primeira leitura põe frente a frente a auto-suficiência daqueles que prescindem de Deus e escolhem viver à margem das suas propostas, com a atitude dos que escolhem confiar em Deus e entregar-se nas suas mãos. O profeta Jeremias avisa que prescindir de Deus é percorrer um caminho de morte e renunciar à felicidade e à vida plenas.

2ª Leitura: 1 Cor 15,12.16-20:
A segunda leitura, falando da nossa ressurreição – consequência da ressurreição de Cristo –, sugere que a nossa vida não pode ser lida exclusivamente à luz dos critérios deste mundo: ela atinge o seu sentido pleno e total quando, pela ressurreição, desabrocharmos para o Homem Novo. Ora, isso só acontecerá se não nos conformarmos com a lógica deste mundo, mas apontarmos a nossa existência para Deus e para a vida plena que Ele tem para nós.

Evangelho: Lc 6, 23ab:
O Evangelho proclama “felizes” esses que constroem a sua vida à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a auto-suficiência. Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo.

Para viver durante a semana:
Levar para as nossas vidas as palavras de felicidade escutadas neste domingo e transformá-las em atitudes de alegria e de encontro com os outros, transmitindo felicidade àqueles que ao nosso lado vivem infelizes… Fazer com que a vida da próxima semana tenha muitos momentos de alegria e de felicidade… que só o serão se partilhados e sentidos com o próximo, a começar pelos que estão na minha casa, no meu trabalho, na minha escola…
Assim, iluminados pelo Espírito Santo, vamos, fortalecidos, viver a nossa vida com alegria e esperança; e por intermédio de nossa Mãe, Maria Santíssima, Mãe da fortaleza, caminharemos para Deus, apesar das nossas quedas.
As Bem aventuranças recolhem o ideal de Jesus e propõem um estilo de vida que deve caracterizar os cristãos. É um ideal atraente, mas difícil. Qualquer pessoa sensata o aceita e se esforça por alcançá-lo. Nas Bem aventuranças está condensada a maneira certa de viver, que é, no fundo, a que está de acordo com a consciência. Se perseguirmos este ideal, passaremos pela terra a fazer o bem e melhoraremos a história humana. Caso contrário, estragaremos a nossa vida, bem como a vida dos outros.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Vigília de Oração pela Vida

Como proposta, a nível nacional, de todas as Dioceses, no dia 09 de Fevereiro, se juntarem em oração pela causa da vida.
O DPJViseu, abraçando este desafio que é de todos e para todos, convida todas as pessoas a se unirem numa Vigília de Oração pela Vida . A Vigília terá como tema: “14 gramas de Amor, 6 cm de Esperança” e será feita segundo os modelos de oração de Taizé.
Realiza-se no próximo dia 9 de Fevereiro , pelas 21h , na Igreja dos Terceiros , em Viseu.
Vem connosco rezar pela VIDA e traz um amigo…Cristo conta contigo!

Referendo: PORQUE “NÃO”...


A realização deste referendo resulta essencialmente da “agenda política” criada por alguns activistas desta questão. Os resultados do referendo de 1998 demonstraram-no bem: uma elevadíssima taxa de abstenção e a vitória do “Não” deixaram claro que as prioridades e as preocupações dos cidadãos são seguramente outras.

O aborto e os direitos das mulheres:
Um aborto é sempre um drama. Independentemente da razão que esteja associada à sua prática, constitui sempre uma violência física e emocional para a mulher que o pratica.Todos reconhecem isto.
O recurso ao aborto é, na maior parte das vezes, consequência de um conjunto de pressões exercidas sobre a mulher grávida. Existem pressões de diferente natureza: social, económica, profissional… Na realidade, muitas vezes a mulher que se sujeita ao aborto não é mais do que uma verdadeira vítima.
A liberalização do aborto dará força a estas pressões, fragilizando a posição da mulher e reduzindo-lhe a capacidade de decisão.
O aborto livre pode trazer vantagens a muitos, inclusive para aqueles para quem o aborto constituirá um bom negócio, mas não constituirá, seguramente, um verdadeiro direito para as mulheres.

O aborto e a sociedade
A liberalização do aborto dá um sinal errado à sociedade e constitui um gravíssimo passo atrás na construção de uma sociedade que desejamos solidária e responsável. A liberalização retira à prática do aborto o sinal negativo que ele deve comportar, enquanto acto destruidor do desenvolvimento de uma vida humana. A experiência demonstra que o número de abortos aumentou muito nos países onde foi legalizado, passando a ser um problema que a mulher, individualmente considerada, deve resolver.
A liberalização do aborto promove o individualismo, a construção de sociedades onde é “cada um por si”, ao invés de apelar à solidariedade e à entreajuda entre os seus membros.

O aborto e o papel do Estado
O Estado, através dos seus órgãos próprios, deve ser, em todos os momentos, um instrumento ao serviço do bem-estar e da felicidade dos cidadãos.
Os cidadãos têm por isso, o direito e o dever, de questionar o Estado e de lhe exigir respostas e soluções concretas para as suas dificuldades.
O que tem feito o Estado na aposta numa política séria de divulgação do planeamento familiar?O que tem feito o Estado para apoiar mães em dificuldades?
Havendo tanto por fazer, como podem agora propor aos cidadãos a liberalização do aborto? A liberalização do aborto retirará ao Estado o papel que lhe cabe no âmbito das soluções, colocando nas mãos dos cidadãos a assunção exclusiva das consequências da sua atitude.

O aborto no século XXI
Actualmente, a opção da mulher que verdadeiramente faz sentido é a opção entre engravidar e não engravidar.
O aborto, por mera “opção” já não faz sentido.
Defender o aborto é manter vivas realidades que deveriam pertencer ao passado.
Defender o aborto é uma atitude retrógrada e antiquada.
Hoje em dia, a gravidez é controlável, mercê da quantidade e diversidade de métodos existentes para a evitar. A gravidez não desejada só se compreende por descuido absoluto ou por falta de conhecimento.
Votar “sim” no referendo significa incentivar e promover estas duas realidades, sustentando com o dinheiro dos nossos impostos a primeira e virando as costas à segunda.
Os cidadãos verdadeiramente descomprometidos com certas “agendas políticas” e preocupados com a sociedade e com o bem-estar dos outros, dizem Não a esta postura.

O Aborto e o Cidadão
Importa, na decisão a tomar neste referendo, olhar á nossa volta.
Será que a liberalização do aborto, que tanto tem ocupado alguma classe política, é uma prioridade para os cidadãos portugueses?
Tendo o povo português tantas carências e tantos problemas por resolver, faz sentido dar razão à agenda política, artificialmente criada por alguns políticos da nossa praça?
Há justiça na prioridade atribuída ao “aborto a pedido”, que será praticado nos nossos hospitais e subvencionado em clínicas privadas, quando há tantos doentes em listas de espera para consultas, operações e outros tratamentos importantes?
O Bastonário da Ordem dos Médicos já veio a público levantar esta questão. Os cidadãos portugueses preocupados com os verdadeiros problemas das pessoas no seu dia-a-dia estão com ele!

Fonte: http://independentespelonao.org/


sábado, 3 de fevereiro de 2007

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

V Domingo do Tempo Comum:

A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo. Estamos assim aqui para celebrar a Eucaristia. “Eucaristia” é uma palavra grega que significa “acção de graças”. O nosso encontro dominical é sempre um momento de acção de graças, porque Deus nos chamou, nos fez seus filhos e nos deu Jesus Cristo para que nos mostre o caminho da vida. Reunidos para celebrar a Eucaristia, somos chamados por Deus a dedicar nossa vida ao anúncio do Evangelho de Jesus Cristo e a lutar pela construção de um mundo onde reinem a justiça, a fraternidade e a paz. Iniciemos a nossa celebração com esta atitude e com o desejo de a viver em toda a nossa vida.

1ª Leitura: Is 6,1-2a.3-8:
Vivemos num tempo marcado por um egoísmo feroz que se manifesta em tantos aspectos da vida. Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado. Assim, através do profeta Isaías o Senhor continua a animar-nos a viver em caridade, com obras e em verdade.

2ª Leitura: 1 Cor 15,1-11:
A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.

Evangelho: Lc 5,1-11:
No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.

Para viver durante a semana:
As últimas palavras do sacerdote na missa são palavras de paz: “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe!” Eis-nos enviados entre os homens, nossos irmãos, como Isaías, como Simão, como Paulo… E, como eles, não nos sentimos dignos de cumprir a missão que Deus nos confia em cada Eucaristia. Mas, como a Isaías, a Simão, a Paulo, uma palavra forte é dita a cada um de nós: “Não tenhas medo…” Partamos, como Paulo… com a certeza de que não sou eu que trabalho sozinho, “é a graça de Deus comigo!”. Jesus convida-nos pedagogicamente a remar mar dentro e lançar de novo as redes. Ser pescadores de homens não é deitar o anzol a ninguém, nem enganar com propaganda barata e partidária, mas apresentar apaixonadamente uma mensagem que ajuda a viver como nenhuma outra. Façamo-lo como testemunhas daquilo que vivemos.