sábado, 13 de janeiro de 2007

II Domingo do Tempo Comum


A liturgia deste domingo apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus (o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus.

1ª Leitura: Is 62, 1-5
A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus.

2ª Leitura: 1 Cor 12,4-11
A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Como baptizados, todos estamos marcados pelo Espírito, o qual se manifesta por meio de uma infinidade de dons que devem ser postos ao serviço do bem comum

Evangelho: Jo 2,1-11
O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas. Narra assim aqui a cena das Bodas de Cana. Jesus dá início aos seus milagres a pedido da sua Mãe, e aqui, tanto Jesus como sua mãe, Maria, se mostram que são sensíveis aos problemas das pessoas e que estão dispostos a servir. E nós?

Para viver durante a semana:
Na segunda leitura, São Paulo fala do mesmo Espírito, do mesmo Senhor, do mesmo Deus que realiza tudo em todos: os nossos dons são-nos oferecidos. O mesmo e único Espírito distribui os seus dons a cada um, segundo a sua livre vontade. No uso que fazemos dos nossos dons, procuremos a humildade: sobretudo não desprezemos aqueles que receberam, pelo menos aparentemente, dons menos vistosos ou menos impressionantes! Deus age à sua maneira, que não é a nossa. Geralmente, estamos habituados a olhar o outro à nossa maneira e não à maneira de Deus, a ver quase só os seus defeitos e não os seus dons. Ao longo da semana, procuremos valorizar o dom que o irmão é para nós, em particular, aqueles com quem nos encontramos em casa, na comunidade, no trabalho, no estudo…

Um comentário:

abravs76 disse...

Olá Paulito!
De facto hoje em dia, andamos demasiadamente preocupados a pensar no que nos faz falta que nem pensamos que somos alguém para o próximo, que temos um dom próprio que Deus nos deu. Não sabemos utilizar esse dom e muitos de nós ainda não sabemos qual é esse dom... Não querendo falar muito a respeito, mas por exemplo, espero que dia 11 de Fevereiro muitas pessoas tenham o dom (ou melhor a iluminação) de dizer não a um flagelo que termina com a vida humana. Beijinhos