sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

VI Domingo do Tempo Comum:

A Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo leva-nos a reflectir sobre o protagonismo que Deus e as suas propostas têm na nossa existência. Hoje, ressoa na nossa assembleia umas palavras de Jesus cheias de força, de vida e de graça. São palavras muito solenes: “Bem – aventurados vós, os pobres; Bem – aventurados vós, que agora tendes fome; Bem – aventurados vós, que agora chorais; Bem – aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem”. São palavras que nunca deveríamos esquecer, que deveriam marcar o que somos e o que fazemos. Os pobres, os que passam fome, os que choram, os perseguidos são os predilectos de Deus. São estes que deveremos ter sempre diante dos nossos olhos.
Celebremos hoje a Eucaristia, a Boa Nova que é proclamada por Jesus e renovemos a nossa fé Nele.

1ª Leitura: Jer 17,5-8:
A primeira leitura põe frente a frente a auto-suficiência daqueles que prescindem de Deus e escolhem viver à margem das suas propostas, com a atitude dos que escolhem confiar em Deus e entregar-se nas suas mãos. O profeta Jeremias avisa que prescindir de Deus é percorrer um caminho de morte e renunciar à felicidade e à vida plenas.

2ª Leitura: 1 Cor 15,12.16-20:
A segunda leitura, falando da nossa ressurreição – consequência da ressurreição de Cristo –, sugere que a nossa vida não pode ser lida exclusivamente à luz dos critérios deste mundo: ela atinge o seu sentido pleno e total quando, pela ressurreição, desabrocharmos para o Homem Novo. Ora, isso só acontecerá se não nos conformarmos com a lógica deste mundo, mas apontarmos a nossa existência para Deus e para a vida plena que Ele tem para nós.

Evangelho: Lc 6, 23ab:
O Evangelho proclama “felizes” esses que constroem a sua vida à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a auto-suficiência. Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo.

Para viver durante a semana:
Levar para as nossas vidas as palavras de felicidade escutadas neste domingo e transformá-las em atitudes de alegria e de encontro com os outros, transmitindo felicidade àqueles que ao nosso lado vivem infelizes… Fazer com que a vida da próxima semana tenha muitos momentos de alegria e de felicidade… que só o serão se partilhados e sentidos com o próximo, a começar pelos que estão na minha casa, no meu trabalho, na minha escola…
Assim, iluminados pelo Espírito Santo, vamos, fortalecidos, viver a nossa vida com alegria e esperança; e por intermédio de nossa Mãe, Maria Santíssima, Mãe da fortaleza, caminharemos para Deus, apesar das nossas quedas.
As Bem aventuranças recolhem o ideal de Jesus e propõem um estilo de vida que deve caracterizar os cristãos. É um ideal atraente, mas difícil. Qualquer pessoa sensata o aceita e se esforça por alcançá-lo. Nas Bem aventuranças está condensada a maneira certa de viver, que é, no fundo, a que está de acordo com a consciência. Se perseguirmos este ideal, passaremos pela terra a fazer o bem e melhoraremos a história humana. Caso contrário, estragaremos a nossa vida, bem como a vida dos outros.

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