quinta-feira, 8 de novembro de 2007

XXXII Domingo do Tempo Comum:

Quando nos reunimos para celebrar a fé, invocamos a Jesus Ressuscitado e o Deus da vida, que nos criou e é o nosso ponto de partida e de chegada.
Hoje vamos celebrar, de uma maneira especial que Deus é Pai de todos, que nos chama a viver em plenitude na terra e, depois, no céu. Há poucos dias ainda, visitámos o cemitério e recordámos os nossos antepassados falecidos. Hoje a Palavra de Deus insiste na perspectiva da ressurreição.
Iniciamos também hoje a Semana de Oração pelos Seminários. Na vida da Igreja, os seminários são sinais concretos do amor de Deus pelo seu povo. Eles são o lugar onde o coração aberto de Cristo Bom Pastor continua a derramar-se como fonte inesgotável de eterna consolação e feliz esperança. Neles o Espírito do Senhor Ressuscitado vai transformando e fazendo amadurecer aqueles que chama para, em seu nome, anunciarem a palavra, confortarem os corações, serem testemunhas apaixonadas e destemidas da sua ressurreição, darem a vida por Ele e pelo Evangelho.
Ao iniciarmos esta semana de oração, somos convidados a olhar os seminários como sementeiras de Deus, onde germina e cresce o futuro da Igreja. Confiemos ao Senhor os nossos seminários e Ele certamente, na sua fidelidade, não nos faltará com a sua ajuda.
A liturgia deste domingo introduz-nos já no ambiente característico das últimas semanas do ano litúrgico, ao falar-nos da vida que permanece para além da morte, ao tratar da ressurreição dos mortos. O nosso Deus é um Deus de vivos e não um Deus de mortos.

1ª Leitura: 2 Mac 7, 1-2.9-14:
Na primeira leitura, temos o testemunho de sete irmãos que deram a vida pela sua fé, durante a perseguição movida contra os judeus por Antíoco IV Epifanes. Aquilo que motivou os sete irmãos mártires, que lhes deu força para enfrentar a tortura e a morte foi, precisamente, a certeza de que Deus reserva a vida eterna àqueles que, neste mundo, percorrem, com fidelidade, os seus caminhos.

2ª Leitura: 2 Tes 2, 16-3, 5:
Na segunda leitura temos um convite a manter o diálogo e a comunhão com Deus, enquanto esperamos que chegue a segunda vinda de Cristo e a vida nova que Deus nos reserva. Só com a oração será possível mantermo-nos fiéis ao Evangelho e ter a coragem de anunciar a todos os homens a Boa Nova da salvação.

Evangelho: Lc 20, 27-38:
No Evangelho, Jesus garante que a ressurreição é a realidade que nos espera. No entanto, não vale a pena estar a julgar e a imaginar essa realidade à luz das categorias que marcam a nossa existência finita e limitada neste mundo; a nossa existência de ressuscitados será uma existência plena, total, nova. A forma como isso acontecerá é um mistério; mas a ressurreição é uma certeza absoluta no horizonte do crente.

Para viver durante a semana:
Levar a Palavra de Deus como luz para mais uma semana de trabalho, de estudo… Ao longo dos dias da semana que se segue, procurar rezar e meditar algumas frases da Palavra de Deus: “Temos a esperança em Deus de que Ele nos ressuscitará”…; “Escutai, Senhor, a minha oração, feita com sinceridade”…; “O Senhor dirija os vossos corações, para que amem a Deus e aguardem a Cristo com perseverança”…; “Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos”… Procurar transformar as palavras de Deus em atitudes e em gestos de verdadeiro encontro com Deus e com os próximos que formos encontrando nos caminhos percorridos da vida…
Feitos para a vida… Anunciar que o nosso Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos (Evangelho) não está reservado para os momentos dos funerais! Esta bela afirmação da nossa fé merece estar mais presente no nosso testemunho… Perguntemo-nos se já tivemos ocasião de o dizer… E se não, porquê?

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